A mente prática tende a querer duvidar daquilo que não pode ver. E o desejo do
questionamento alimenta a dúvida. Neste universo da dúvida existe a dualidade, e
consequentemente a perda de energia diante da experiência duvidosa.
Cortar a dúvida é uma necessidade da alma, pois é na alma que reside a angústia gerada pela
dúvida.
Há certas realidades internas, que devem ser dissolvidas quando o ser dá vazão à necessidade
de seu coração, que apazigua a angústia de sua alma.
É necessário que possamos aceitar que, sempre haverá um abismo imenso entre a realidade
da mente e a realidade da alma, bem como existirá também um grande abismo entre a
realidade da mente e a realidade da matéria, bem como sua experiência material, física,
corporal, diante de seus desejos mentais.
Portanto, a mente muito prática pode ser uma mente adoecida, que não consegue observar os
abismos entre ela e os outros níveis de realidade.
No entanto, se olhamos para os abismos com serenidade, criamos pontes entre as realidades
que existem dentro de nós. E através da sensibilidade adquirida após a experiência de
observação, poderemos acreditar no mundo de nossas almas, que é Real e eterno.